“Você toma algum medicamento?”. Essa frase comum, obrigatória em qualquer tipo de consulta médica, é mais importante do que parece.
Toda vez que um novo tratamento é iniciado, seja ele um longo período de antibiótico, ou apenas um antiácido durante à tarde, o corpo fica sujeito a interações farmacológicas de diversos tipos.
De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a interação medicamentosa é uma resposta farmacológica ou clínica causada pela combinação de medicamentos, que pode atrapalhar os resultados do tratamento. A consequência é que o efeito final da mistura pode aumentar ou diminuir os efeitos desejados e até mesmo provocar reações adversas.
Ou seja, por mais inofensivo que parece combinar um analgésico com algum remédio para o estômago, por exemplo, o ideal é sempre informar ao seu médico todos os medicamentos que você esteja tomando para prevenir e reduzir o risco de complicações.
As interações farmacológicas podem ser benéficas ou prejudiciais
Existem dois tipos principais de interações medicamentosas: as benéficas e as prejudiciais. A primeira é sempre intencionalmente provocada pelo médico, devido às ações positivas de dois ou mais tratamentos seguindo juntos. Nesse caso, o foco da prescrição é a otimização do efeito terapêutico ou a anulação de reações adversas.
A segunda é perigosa e pode ter impacto direto na saúde do paciente, podendo ser leve, moderado ou grave, o que pode resultar em sua hospitalização. Nesse caso, geralmente decorrente do erro de prescrição ou automedicação. A interação farmacológica pode render intoxicações medicamentosas, anulação dos efeitos terapêuticos, não tratamento da doença e ampliação das reações adversas.
Embora nem toda interação medicamentosa seja ruim, é necessário sempre consultar seu médico e farmacêutico para buscar orientação antes de iniciar a medicação. Além disso, é de extrema importância sempre ficar atento às informações contidas na bula. Nela estão classificadas as maneiras corretas de ingestão de cada medicamento, além de seus efeitos colaterais.
Se você tiver dúvidas, vale conferir o Bulário Eletrônico, elaborado pela Anvisa com o objetivo de popularizar as bulas para os usuários.
Conheça as interações farmacológicas mais comuns
Ao contrário do que o nome sugere, não são só os medicamentos que podem interferir no efeito uns dos outros. Alimentos e bebidas podem interagir com o tratamento e gerar diferentes reações. Entenda quais são as principais interações farmacológicas e por que ocorrem.
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